segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Fixação biológica do Nitrogênio pela Soja

A terceira fonte de nitrogênio para a cultura da soja é a fixação biológica de Nitrogênio. Isso ocorre pois no início da germinação as raízes da soja exudam moléculas que atraem quimicamente e estimulam o crescimento das bactérias na rizosfera. Existe uma alta eficiência no sistema vascular no interior do nódulo, que supre as bactérias fixadoras com nutrientes.
As bactérias Bradyrhizobium japonicum ou B. Elkanii penetram na raíz da soja e provocando o  crescimento de células específicas , formando assim os nódulos onde ficaram alojadas e fixaram o N2 atmosférico. Os nódulos apresentam coloração rósea intensa.
É por conta dessa alta fixação biológica pela cultura, que na soja é de fácil identificação a deficiência de COBALTO.
A variação da nodulação em função do crescimento e do desenvolvimento fenológico da soja é apresentada na figura 1 e figura 2, respectivamente para o número e massa seca total dos nódulos, coletados em 10 plantas. As mensurações foram repetidas 4 vezes em cada estádio fenológico, as figuras apresentam os valores médios observados em dois anos agrícolas consecutivos nos quais a cultivar de soja MG-BR/46 com tipo de crescimento determinado, foi cultivada em um Nitossolo Vermelho eutrófico muito argiloso (Piracicaba, SP), sem ocorrência de deficiência hídrica e com armazenamento de água durante os dois anos e no ciclo total, de 65mm.



A figura 3 mostra o acúmulo total de N ao longo do ciclo fenológico de um cultivar de soja TCI, utilizado por Ritchie et al. (1994) para descrever e ilustrar a fenologia da soja, divulgada inicialmente por Fher e Caviness (1977)


A inoculação das sementes de soja é uma excelente prática agrícola com o objetivo de estabelecer o processo simbionte de fixação do Nitrogênio atmosférico no sistema radicular da soja. Uma boa inoculação só é obtida quando a superfície da semente é recoberta por inoculante turfoso ou pelo filme do inoculante líquido. Além de veículo o inoculante atua como sobrevivente das bactérias. Alguns fatores podem interferir na qualidade da nodulação e  na fixação biológica do N, como a qualidade, transporte e armazenamento do inoculante, ambiente e operação da inoculação e o tratamento químico das sementes. A fotossíntese também pode interferir. (Informações agronômicas nº147 - Setembro/2014)


Toxidez de Cobalto (Co)

O excesso de Co diminui a absorção de ferro, e devido a isso os sintomas da deficiência são semelhantes ao da deficiencia de ferro, com folhas cloroticas na parte superior das plantas e atrofiamento das plantas (EMBRAPA, 2008).

Toxidez de Cloro (Cl)

A toxicidade desde elemento é mais comum do que a deficiência do mesmo, a literatura apresenta diversos trabalhos com relatando a toxicidade, especialmente quando grande quantidade de cloreto de potássio é aplicado como adubo em solos ácidos. A aplicação de calcário para corrigir a acidez do solo reduz e elimina   este efeito tóxico do cloro (EMBRAPA, 2004).

Toxidez de Boro (B)

  A toxidade de B caracteriza-se pelo aparecimento de manchas pardas nos bordos das folhas, progredindo para a necrose das margens e pontuações inter-nervais, o encarquilhamento das folhas mais velhas, encurtando os internódios e causando morte da gema apical (EMBRAPA, 2008).

                                                  Necrose das bordas das folhas. FONTE: EMBRAPA Soja.

Toxidez de Alumínio (Al)

Os sintomas de toxicidade de alumínio nas folhas de soja lembram aqueles de deficiência de fósforo, plantas pequenas com folhas menores com cor verde-escuro, amarelecimento e necrose nas pontas dos folíolos e atraso na maturação. A toxidade de Al em soja também provoca deficiência induzida de cálcio reduz o transporte de cálcio na planta, causando o curvamento e o enrolamento das folhas novas e o colapso dos pontos de crescimento e do pecíolo. As raízes ficam curtas e frágeis e ocorre o engrossamento das pontas das raízes e das raízes laterais que podem adquirir cor marrom, raízes pequenas e com finas ramificações (BORKERT et al., 1994).

                               À esquerda mudas de soja com Al, à direita mudas de soja sem Al. FONTE: EMBRAPA Soja.

Toxidez de Manganês (Mn)

A parte aérea da planta é a mais afetada pela toxidez de manganês do que as raízes. As plantas absorvem e transportam o Mn em excessivas quantidades acumulando-o nas folhas. Os danos de toxidez nas raízes somente aparecem depois que a parte aérea foi danificada.Sua toxidade da-se inicialmente em folhas jovens, e é caracterizada por encarquilhamento dos folíolos e pontos necroticos de coloração marrom-escura no limbo foliar.
Os sintomas foliares e a análise química, da matéria seca da parte aérea, são métodos para verificar o excesso de Mn nas plantas. 


  Folhas encarquilhas com pintas marrom no limbo. FONTE: EMBRAPA Soja.

   Folhas encarquilhas com pintas marrom no limbo. FONTE: EMBRAPA Soja.

Toxidez de Cobre (Cu)

Sua toxidade causa aparecimento de pontos necróticos nas bordas dos folíolos das folhas mais velhas, que progridem para as mais novas (EMBRAPA, 2008).


Necrose nas bordas das folhas. FONTE: EMBRAPA Soja.