A terceira fonte de nitrogênio para a cultura da soja é a fixação biológica de Nitrogênio. Isso ocorre pois no início da germinação as raízes da soja exudam moléculas que atraem quimicamente e estimulam o crescimento das bactérias na rizosfera. Existe uma alta eficiência no sistema vascular no interior do nódulo, que supre as bactérias fixadoras com nutrientes.
As bactérias Bradyrhizobium japonicum ou B. Elkanii penetram
na raíz da soja e provocando o
crescimento de células específicas , formando assim os nódulos onde
ficaram alojadas e fixaram o N2
atmosférico. Os nódulos apresentam coloração rósea intensa.
É por conta dessa alta fixação biológica pela cultura, que na soja é de fácil identificação a deficiência de COBALTO.
A variação da nodulação em função do crescimento e do desenvolvimento fenológico da soja é apresentada na figura 1 e figura 2, respectivamente para o número e massa seca total dos nódulos, coletados em 10 plantas. As mensurações foram repetidas 4 vezes em cada estádio fenológico, as figuras apresentam os valores médios observados em dois anos agrícolas consecutivos nos quais a cultivar de soja MG-BR/46 com tipo de crescimento determinado, foi cultivada em um Nitossolo Vermelho eutrófico muito argiloso (Piracicaba, SP), sem ocorrência de deficiência hídrica e com armazenamento de água durante os dois anos e no ciclo total, de 65mm.
A figura 3 mostra o acúmulo total de N ao longo do ciclo fenológico de um cultivar de soja TCI, utilizado por Ritchie et al. (1994) para descrever e ilustrar a fenologia da soja, divulgada inicialmente por Fher e Caviness (1977)
A inoculação das sementes de soja é uma excelente prática agrícola com o objetivo de estabelecer o processo simbionte de fixação do Nitrogênio atmosférico no sistema radicular da soja. Uma boa inoculação só é obtida quando a superfície da semente é recoberta por inoculante turfoso ou pelo filme do inoculante líquido. Além de veículo o inoculante atua como sobrevivente das bactérias. Alguns fatores podem interferir na qualidade da nodulação e na fixação biológica do N, como a qualidade, transporte e armazenamento do inoculante, ambiente e operação da inoculação e o tratamento químico das sementes. A fotossíntese também pode interferir. (Informações agronômicas nº147 - Setembro/2014)